Um dia sonhei.
Sonhei que estava nos recantos escuros de New York, que estava num daqueles elevadores de cargas.
De repente a porta abriu-se e à minha frente só via campos verdes e sossegados. Com uma enorme vontade de tocar o horizonte comecei a correr, a correr sem parar...
Avistei um casarão enorme e mal cheguei perto dele, fogos de artificio pintaram o céu e auroras boreais azuis tornaram o universo colorido.
Entrei sem pedir. Já conhecia o sítio, não virava à esquerda porque não podia e então seguia em frente.
Encontrava-me num enorme corredor que me fez sentir pequenina como a Alice, mesmo assim continuei a andar.
Vi uma criança no chão a brincar à sua inocente infância e ao fundo do escuro avistei o Ninguém. Ele estava a varrer o chão com o ar mais entusiasmante de sempre. Corri para ele. Beijámo-nos. Um beijo longo e suave, tão doce como o primeiro, como o real.
(Não sei mesmo quem ele é, por isso denominei-o Ninguém)
Como não sei distinguir a verdade do sonho, acordei quase a chorar.
Porque isto são coisas, são só coisas.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
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